“Se foi possível para mim, é possível para todo mundo”, diz Gessyk de Albuquerque, aluna da Fits
Conseguir cursar Medicina, para Gessyk de Albuquerque, é uma mostra de perseverança e dedicação. A aluna atualmente está no 4º período na Faculdade Tiradentes (Fits) — localizada em Goiana — e, depois de anos de persistência, conseguiu realizar o sonho. “Eu nunca quis outra coisa a não ser Medicina. Fui aluna de escola pública, e meus pais não tinham condições de bancar os meus estudos, muito menos de me colocar num cursinho. Então, eu precisava realmente começar a trabalhar. Não tinha a opção de estudar, mesmo que por meios próprios. Então, comecei a trabalhar e, com o salário, fiz Enfermagem”, conta.
Após terminar o curso, Gessyk voltou ao mercado de trabalho até conseguir ingressar na graduação em Medicina. Essa firmeza no seu sonho tem origem na infância da aluna. “Escolhi a Medicina porque, desde cedo, desenvolvi uma paixão pela ciência e pelo desejo genuíno de ajudar as pessoas de maneira mais abrangente. Minha formação em Enfermagem proporcionou um contato próximo com pacientes e a realidade dos cuidados de saúde, o que reforçou minha convicção de que queria desempenhar um papel mais profundo e significativo na saúde das pessoas”, confessa.
Liga Acadêmica de Terapia Intensiva
Além das disciplinas do curso, a estudante também faz parte da Liga Acadêmica de Terapia Intensiva. O grupo, que foi criado há pouco mais de um ano por alunos de vários períodos, surgiu com o intuito de fornecer educação continuada, workshops, palestras, promover eventos e oferecer aos ligantes acompanhamento prático na área. “A maioria dos criadores da Liga já é graduada e tem certa habilidade com o cuidado do paciente, e também têm uma afinidade com esse nicho da Medicina. Por isso, a gente queria muito oferecer aos ligantes esse aporte prático, clínico, e também desenvolver o senso crítico, científico, por parte da terapia intensiva”, detalha Gessyk.
“A gente desenvolve as atividades no nosso hospital de referência, que é em Goiânia, o Hospital Belarmino Correia, sempre com muita ajuda do doutor Marcos, diretor do hospital, médico e intensivista. Já realizamos alguns workshops e algumas palestras. Convidamos médicos de diversas áreas como cardiologista, anestesiologista, intensivistas mesmo, e também tivemos um treinamento”, esclarece Gessyk sobre as atividades desenvolvidas pela Liga.
Experiência no curso
A estudante também diz que o curso de Medicina é desafiador intelectualmente, mas também proporciona a combinação da técnica com habilidades interpessoais. Segundo ela, isso dá a oportunidade de oferecer aos pacientes um cuidado mais completo. “A oportunidade de fazer diferença positiva na vida das pessoas me motiva profundamente”, revela. Gessyk também afirma que sempre há algo mais a aprender. “Saem sempre consensos novos, literaturas novas”, explica.
Com a intenção de se especializar na área de Anestesiologia ou Ginecologia e Obstetrícia, Gessyk fala sobre o que está achando do curso. “É maravilhoso, é a realização de um sonho, acima de tudo. Espero posteriormente aplicar tudo que aprendi de forma respeitosa, responsável e empática com o paciente. E o meu maior sonho na área é conseguir me formar, depois fazer a residência e trabalhar na área que eu escolher. Ajudar o próximo, oferecer o meu serviço de qualidade, de modo que eu possa impactar de forma positiva na vida das pessoas”, relata.
Dicas
“A dica que eu passaria para quem tem o sonho de fazer Medicina é que não desista, por mais distante que ele seja da sua realidade, como foi para mim um dia. Eu tive que trabalhar, me formar em outra área, me organizar para que hoje eu pudesse estar realizando meu sonho. Então, se foi possível para mim, é possível para todo mundo. A pessoa tem que ser teimosa, resiliente, nunca desistir e se esforçar bastante”, aconselha Gessyk.