Projeto da Fits conscientiza sobre a lavagem das mãos
O projeto Higiene das Mãos foi idealizado por estudantes de Medicina da Faculdade Tiradentes (Fits) — localizada em Goiana — e nasceu no segundo semestre de 2023. Gennifer Silva, uma das alunas envolvidas, conta que a ideia surgiu na disciplina de Experiência Extensionista I, quando ainda estava no 1º período do curso. “Essa disciplina traz como proposta a realização de ações junto à comunidade, tendo como referências os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Utilizamos o ODS 3, que sinaliza a necessidade da Saúde e Bem-estar da população”, explica.
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram criados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para combater a pobreza, proteger o Meio Ambiente e garantir paz e prosperidade para todos. O terceiro ODS diz respeito a “Saúde e bem-estar” e também foi usado como inspiração para o projeto Higiene das Mãos. “Quando foi exposta a proposta da disciplina, logo me veio em mente trabalhar algo que impactasse na população de forma positiva, então pensei em algo que fosse negligenciado, mas de suma importância, e que me permitisse abranger a todos os públicos”, conta Gennifer. “Saímos de uma pandemia em que a higienização das mãos foi amplamente abordada, porém não se vê mais nenhum tipo de conscientização sobre isso”, completa.
Objetivos
“Esse projeto tem como objetivo promover a saúde da população através da prevenção das infecções, evitando a propagação de doenças, usando a educação em saúde como tentativa de sensibilizar a mudança de comportamentos, influenciando a constância nos hábitos de higiene e despertando o protagonismo da higienização correta e frequente das suas mãos”, acrescenta Gennifer.
A primeira ação do projeto foi realizada em uma creche do município de Goiana, com aproximadamente 40 crianças, com idades de três a cinco anos. Para esse público, as alunas prepararam uma demonstração que ilustrasse a sujeira nas mãos. “Conseguimos ministrar as palestras de forma lúdica e levamos também uma caixa de luz negra simulando a sujeira das mãos. Colocamos uma substância fluorescente dentro do álcool em gel e, quando a gente colocava esse álcool gel nas mãos das crianças, a olho nu elas não conseguiam visualizar nada, mas sim quando colocavam as mãozinhas dentro da caixa, com aquela fluorescência. Então fizemos uma associação daquela fluorescência com a sujeira, que a gente não consegue ver, mas que está presente”, narra Gennifer.
No semestre seguinte, na disciplina de Experiência Extensionista II, o grupo aplicou a mesma temática para um grupo de adolescentes de 13 a 16 anos, mas para isso precisou mudar a abordagem. “Explicamos, através de palestras, todas as etapas de higienização das mãos e aplicamos testes, antes e depois da ação. Fizemos as coletas da microbiota das mãos sujas, higienizadas com água e sabão e com álcool gel”, explica Gennifer.
A estudante conta ainda que as amostras coletadas foram levadas para o laboratório da Fits e os adolescentes foram convidados para visualizar os resultados no campus da faculdade. “O objetivo era que eles visualizassem o crescimento da microbiota das mãos deles. Era possível ver no rosto deles o impacto, porque eles não acreditavam que realmente pudessem existir microrganismos. Porque realmente a diferença foi exorbitante da coleta da mão suja, da mão higienizada com água e sabão e da mão higienizada com álcool gel”, diz.
Gennifer ainda lembra a importância da participação das colegas de projeto, Carina Ávila, Palloma de Araújo, Maria Úrsula Félix, Debora Thais, Luana Grasielle e Maria Eduarda Roque. “Eu idealizei, mas eu também não conseguiria executar se não tivesse o apoio de todas as meninas, de todas as minhas colegas e dos professores da técnica de laboratório”, acrescenta.
