Para que serve um artigo científico e como escrever?

Projetos de iniciação científica acabam resultando na escrita de artigos, com orientação de um professor orientador. Muitos desses estudantes, porém, nunca escreveram uma pesquisa científica antes. Por isso, precisam entender o que são artigos científicos e a sua função, e também como adequar a linguagem para a escrita do trabalho. Nesse sentido, os artigos servem como uma maneira de registrar e divulgar resultados de pesquisas para toda a comunidade científica.

Importância do artigo científico

Mário Gouveia, gestor da Coordenação de Pesquisa e Extensão (COPEX) do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — defende que os artigos científicos são uma forma de comunicação. “É uma forma do estudante, do professor, do pesquisador se comunicar com a comunidade acadêmica, com seus pares, que são as pessoas que têm interesse em áreas de pesquisa semelhantes. Essa comunicação é feita no formato escrito e serve para que se registrem novas contribuições sobre determinada temática”, explica.

Essas contribuições do artigo científico para a comunidade acadêmica, segundo o coordenador da COPEX, podem se apresentar de diversas formas. “Podem tanto ser revisão de literatura, como elas podem ser uma pesquisa propriamente dita, aplicada a uma área do conhecimento. Elas podem reportar, nesse caso também, tanto vivências e estudos de caso, como experiências de pesquisas realizadas, sendo elas quantitativas, qualitativas, envolvendo pessoas. Todas elas precisam passar, portanto, por uma sistematização, por um conjunto de técnicas e práticas. O artigo científico, portanto, desempenha um papel fundamental no avanço da ciência”, detalha Mário.

Cuidados com a linguagem

O coordenador também chama atenção para a linguagem a ser utilizada na escrita do artigo científico. Ele reforça o caráter comunicativo da pesquisa, e diz que é preciso estar atento à maneira de escrever. “Só conseguimos ser eficazes no processo de comunicação se nos fazemos entender pela outra pessoa, seja numa comunicação como conversa de WhatsApp, seja numa conversa informal, seja num bilhete, num recado”, afirma. Por isso, Mário sustenta que os artigos devem seguir uma padronização, dentro dos seus métodos, e que essa padronização deve passar pela linguagem.

“É recomendável que a linguagem do artigo seja o mais formal possível, que não tenha vícios de linguagem nem gírias, que não tenha expressões que podem não ser compreendidas por outras pessoas. Imagine que você, do Recife, escreveu um artigo científico, e um pesquisador em Minas Gerais ou do Rio Grande do Sul identificou aquele seu artigo, aquela sua proposta temática como interessante. Ele precisa ter acesso a ela e, ao ter acesso, ele precisa entender o que está sendo dito”, Mário aconselha.

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