Janeiro Roxo alerta para conscientização sobre a hanseníase

Dados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) apontam que o Brasil é responsável por 90% dos novos casos diagnosticados de Hanseníase nas Américas. Isso coloca o país na posição de segundo país a diagnosticar mais casos no mundo. O Janeiro Roxo foi criado para aumentar a conscientização e diminuir estigmas ainda presentes sobre a doença.
A hanseníase ocorre pela bactéria Mycobacterium leprae. A condição atinge os nervos da pele, causando sintomas como sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades, áreas com diminuição de pelo ou suor, manchas brancas ou avermelhadas e perda da sensibilidade na pele. Em muitos casos também há perda ou comprometimento severo dos movimentos que, em casos mais graves, pode levar à amputação.
Tratamento
A doença, apesar de contagiosa, possui tratamento gratuito oferecido nas unidades básicas de saúde. Em caso de gravidade, existe o apoio especializado nas policlínicas e hospitais da rede. O tratamento dura de 6 a 12 meses, dependendo do diagnóstico. O diagnóstico precoce é essencial para uma cura mais rápida.
O estigma relacionado à doença é um dos fatores que dificultam o diagnóstico e tratamento da hanseníase. A doença não é transmitida por contato físico, mas sim por via respiratória, por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro. Aqueles que possuírem contato próximo e frequentes com doentes que ainda não iniciaram o tratamento devem ser examinados.
A hanseníase não pode ser totalmente prevenida. Para suas formas mais disseminadas, é aplicada a vacina BCG, que é dada aos contatos mais próximos do paciente de forma a evitar que sejam infectados.