Hemofilia dificulta coagulação do sangue e pode causar problemas articulares

De acordo com dados de 2023 do Ministério da Saúde, o Brasil tem quase 14 mil pessoas que sofrem com hemofilia, sendo a 4ª maior população acometida pelo problema no mundo. A hemofilia é uma doença genética, ligada ao cromossomo X, e que atinge mais os homens do que as mulheres. A doença é caracterizada pela deficiência na coagulação sanguínea, o que leva a sangramentos, que podem surgir espontaneamente ou durar mais do que o normal. Feito o diagnóstico adequado, o tratamento se baseia na reposição dos fatores de coagulação que o corpo precisa.
Causa
A hemofilia é dividida em dois tipos, A e B. O primeiro tipo é ocasionado pela deficiência do fator VIII de coagulação sanguínea, enquanto o segundo, pela falta do fator IX. Esses fatores são proteínas presentes no sangue que, em caso de sangramento, participam de reações químicas para formar um coágulo e parar a hemorragia. Como existe a falta de um desses fatores, o corpo tem a dificuldade de coagular o sangue, tanto em sangramentos internos quanto externos.
Sintomas
Muitos dos sangramentos em quem possui hemofilia acontecem internamente, como nos músculos ou nas articulações. Essas hemorragias desgastam as cartilagens e depois provocam lesões ósseas. Como consequência, o paciente pode sentir dor forte, aumento da temperatura e restrição de movimento. Mas também na parte externa podem haver sangramentos, que podem ser causados por feridas ou até não ter causa aparente. Nesses casos, o sangramento demora mais do que o normal para estancar, e pode recomeçar por vários dias após a ferida. Os sintomas podem aparecer já no primeiro ano de vida.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito com base nos sintomas e no histórico familiar, mas também é necessário um exame de sangue para determinar a deficiência do fator XIII ou IX. A partir daí, é possível identificar o tipo da hemofilia e determinar o que deve ser feito. O tratamento consiste basicamente na reposição do fator de coagulação que estiver em falta no organismo do hemofílico. É aconselhável o tratamento profilático, ou seja, a reposição do fator o quanto antes, para evitar futuros sangramentos.