Hábitos saudáveis garantem qualidade de vida
A palavra “saúde” é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Portanto, o estilo de vida e os hábitos têm uma grande influência no bem-estar. Tudo aquilo que é feito, desde a hora em que se acorda até a hora de dormir (e até mesmo durante o sono), vai definir o estado geral de saúde e, por isso, é necessário adotar hábitos saudáveis. “Cuidar da própria saúde proporciona qualidade de vida e longevidade, pois previne o surgimento de diversas doenças, ou permite um melhor tratamento para possíveis enfermidades”, explica Tatiana de Paula, professora da Faculdade Tiradentes (Fits), localizada em Goiana.
Um dos hábitos saudáveis mais importantes é a prática de exercícios físicos de maneira regular. Existem diversos tipos de atividades que podem ser praticadas, a depender do gosto de cada um. É possível ir para a academia, caminhar, correr, pedalar, ou investir em algum esporte coletivo, como futebol ou vôlei, sem contar com danças, lutas ou pilates, por exemplo. Meia hora de exercício por dia já é suficiente para promover benefícios com a regulação da pressão arterial, melhora da capacidade cardiorrespiratória, fortalecimento de músculos e articulações, além da melhora do condicionamento físico e da disposição. Também existem benefícios para o cérebro e para a mente, com a produção de hormônios do prazer, a melhora da qualidade do sono e também a socialização.
Aliada aos exercícios físicos, a alimentação é outro hábito importante na busca por um estilo de vida mais saudável. O consumo de alimentos como frutas, legumes e verduras traz uma série de benefícios, devido à quantidade de nutrientes presentes neles, como fibras (que regulam a atividade intestinal), vitaminas e sais minerais. O consumo de carboidratos bons (frutas, raízes e grãos como arroz e feijão) e proteínas também é muito valioso, já que servem como fonte de energia e para formação de tecidos saudáveis, dentre outros benefícios. Alimentos gordurosos e sódio devem ser evitados, pois podem aumentar a pressão arterial e os níveis de colesterol, mas investir em gorduras boas, como as presentes no coco, nozes, abacate e azeite de oliva é bem-vindo. A ingestão de água, seja pura ou em sucos ou chás, é crucial. O ideal é consumir 35 ml de água por quilo de massa corporal diariamente, ou uma média de 2 litros por dia.
A qualidade do sono é fundamental para uma vida saudável, pois é enquanto dormimos que diversas funções do organismo acontecem. É durante o sono que o corpo executa atividades reparadoras de tecidos e de crescimento muscular, por exemplo, além de servir como um descanso para que o cérebro possa executar suas atividades normalmente. Com 72% dos brasileiros sofrendo com problemas para dormir, segundo a Fiocruz, é necessário conhecer maneiras de melhorar a chamada “higiene do sono”. Em primeiro lugar, é importante evitar o uso de telas (celular, TV, etc.) por pelo menos 2 horas antes de dormir, devido à luz emitida por esses aparelhos, que inibe a produção do hormônio do sono. Diminuir a iluminação do quarto e deixá-lo com uma temperatura confortável também ajudam. Ao dormir, também é preciso tomar cuidado com a postura: é preciso evitar curvaturas na coluna para evitar torcicolos ou lesões.
Cuidar do cérebro também é fundamental. Para isso, cai muito bem investir em passatempos e atividades que sejam divertidas e ao mesmo tempo façam bem para o cérebro. Pintar, bordar, montar quebra-cabeças ou resolver caça-palavras são algumas opções que podem ajudar a prevenir doenças como o Mal de Alzheimer.
Tatiana acrescenta que, “além dessas ações, o cuidado com a saúde mental também é um fator muito importante para promoção da qualidade de vida”. Manter relações saudáveis e não se isolar são maneiras de evitar doenças como a depressão, além de facilitar a produção de hormônios do prazer. Essas atividades não apenas fazem bem para o cérebro, mas diminuem os níveis de estresse, que podem ser prejudiciais tanto para a mente quanto para o corpo. Falar ou escrever sobre os próprios sentimentos ajuda a ter mais inteligência emocional e a lidar melhor com os próprios problemas. Por fim, é importante se consultar com um médico ou psicólogo com frequência.