Médico da família: o olhar integral e não só a um órgão ou patologia

Com uma rotina de 20, 30 ou 40 horas semanais, o trabalho do médico da família costuma ser bem corrido. No posto de saúde, a movimentação é intensa, devido à quantidade de atividades que precisam ser realizadas. Ouvir e atender cada paciente, que vem com seus lamentos, necessidades e história de vida. Quem sabe bem como isso funciona é Ricardo Ferreira. Ele é médico especialista em Saúde da Família e Comunidade e também professor da Faculdade Tiradentes (Fits).

Atuante na área há 14 anos, ele fala um pouco sobre sua rotina: “Eu trabalho 40 horas semanais, realizando tanto assistência ao paciente quanto o atendimento domiciliar. O dia a dia acaba sendo um pouco agitado porque, além do trabalho no posto de saúde, eu atuo no ensino da graduação, lecionando sobre esta área”, relata. É uma vivência prática, que permite a ele fazer a troca de experiências nas aulas.

Ele é um dos inúmeros médicos da família que estão no batente com esse compromisso social. De Levar a saúde, esclarecer e cuidar das pessoas. E, nesta quinta-feira (19), é comemorado o Dia Mundial do Médico de Família e Comunidade. Uma especialidade que está situada na Atenção Primária de Saúde (APS), prestando serviços multidisciplinares nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Dessa maneira, o profissional possui um contato direto com os pacientes e, no dia a dia, busca realizar ação preventiva, reabilitativa e curativa, evitando que os casos se agravem e passem para outros níveis de complexidade.

A grande maioria dos profissionais que trabalham com esta especificidade atua na UBS. Eles desenvolvem atividades em grupo e fazem articulações comunitárias, juntamente com a equipe multidisciplinar de saúde, composta por diversos profissionais da área de saúde. “Procuramos saber quais são as demandas da população para tentar ajudar da melhor forma possível”, completou.

Residência

Ricardo informa que, para atuar nesta área, é necessário realizar uma residência com duração de dois anos. Após esse período, o médico se torna especialista no cuidado integral do paciente e não em um especialista de um órgão ou doença de modo isolado. Segundo ele, a pessoa é vista como um todo e não reduzida à sua patologia. O contexto em que o paciente está situado é importante. “Fazemos assistência à população de forma individual, familiar e comunitária com o atendimento centrado na pessoa”, ressalta.

Experiência marcante

Por lidar diretamente com pessoas e vivenciar várias situações nos consultórios, a profissão acaba trazendo experiências únicas e inesquecíveis. Com toda sua bagagem de atuação na área, Ricardo relata uma que foi marcante. É o caso de uma gestante, que desenvolveu transtornos mentais durante o parto. Ele conta que, devido às complicações da mãe, precisou organizar os cuidados para a criança. Deu tudo certo e ele acabou tendo uma surpresa, após todo o acompanhamento. “No final, essa criança recebeu meu nome em decorrência de toda essa situação”, completou Ricardo. Para ele, foi um presente inesquecível. Uma homenagem a quem tanto se esforça pela melhoria e bem-estar das pessoas.

FITS - Faculdade Tiradentes de Goiana

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