Endometriose atinge uma em cada 10 mulheres no Brasil
A endometriose é uma condição médica complexa e, muitas vezes, debilitante que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. No Brasil, uma em cada 10 mulheres são acometidas por essa doença ginecológica, segundo dados do Ministério da Saúde. Essa condição pode impactar significativamente a qualidade de vida, desde o início da primeira menstruação (menarca) até a menopausa.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ela é caracterizada pelo crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero, geralmente em áreas como os ovários, trompas de falópio e intestinos. Durante o ciclo menstrual, esse tecido fora do útero também passa por mudanças cíclicas, se espessando, se degradando e sangrando. No entanto, como esse sangue não pode ser facilmente expelido do corpo, pode levar à inflamação, dor intensa e formação de cicatrizes.
As causas são consideradas de origem multifatorial, que envolvem fatores genéticos, hormonais, imunológicos e até o estilo de vida. Os sintomas variam de leves a graves, podendo incluir dor pélvica crônica, dor durante a menstruação, dor durante ou após a relação sexual, irregularidades menstruais, problemas intestinais ou urinários durante a menstruação, fadiga e infertilidade.
Diagnosticar a endometriose pode ser desafiador e muitas vezes envolve uma combinação de histórico médico detalhado, exame físico e exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética. Em alguns casos, uma laparoscopia pode ser necessária para confirmar, permitindo uma visualização direta das áreas afetadas. Por isso, em caso de surgimentos de sintomas, é sempre importante consultar o médico.
O tratamento depende da gravidade dos sintomas e dos objetivos de saúde da paciente, podendo incluir o uso de medicamentos para aliviar a dor, terapia hormonal para controlar o crescimento do tecido endometrial, cirurgia para remover o tecido endometrial ou tratamentos para ajudar na fertilidade, se necessário. A abordagem de tratamento é individualizada e requer uma colaboração estreita entre a paciente e sua equipe médica para encontrar a melhor estratégia para gerenciar a condição.