Dia Nacional da Saúde relembra a importância de Oswaldo Cruz
O dia 5 de agosto é marcado pela celebração do Dia Nacional da Saúde, em memória ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, que nasceu nesta mesma data, no ano de 1872. Com a importância que o médico teve para a educação sanitarista no Brasil, o foco da comemoração deste dia está voltado para esse ponto. Oswaldo Cruz foi responsável pela erradicação das epidemias de febre amarela, peste bubônica e varíola no país, e também pela promoção da vacinação em massa.
Além dos cuidados com a saúde pública e medidas sanitaristas, o Dia Nacional da Saúde, instituído em 1967, também traz o alerta para o cuidado com o bem-estar de uma maneira geral. A adoção de hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos regulares e uma boa alimentação, são fundamentais para uma saúde de qualidade. “Cuidar da própria saúde proporciona qualidade de vida e longevidade, pois previne o surgimento de diversas doenças, ou permite um melhor tratamento para possíveis enfermidades”, explica Tatiana de Paula, professora da Faculdade Tiradentes (Fits) — localizada em Goiana.
Quem foi Oswaldo Cruz
Com o foco de sua carreira científica voltada para a microbiologia, imunologia e soroterapia, Oswaldo Cruz promoveu, no início do século XX, campanhas para a diminuição de casos de diversas doenças na então capital federal, o Rio de Janeiro. Dentre os métodos adotados pelo médico sanitarista, estavam a notificação compulsória de casos positivos de enfermidades como a febre amarela, isolamento dos doentes, captura dos transmissores (mosquitos e ratos) e desinfecção de moradias em áreas de foco.
No seu combate à febre amarela, Oswaldo Cruz enfrentou bastante resistência, tanto da comunidade científica da época quanto da própria população. Os médicos acreditavam que a doença era transmitida pelas roupas, suor, sangue ou outras secreções dos doentes. Oswaldo, por outro lado, defendia a teoria (que hoje sabe-se que é a verdadeira) de que a enfermidade era transmitida por mosquitos. Por isso, implantou medidas para diminuir os focos de nascimento dos mosquitos, com brigadas que percorriam casas, jardins e ruas, o que gerou reação popular.
Oswaldo Cruz também iniciou a vacinação obrigatória em massa contra a varíola, no ano de 1904, mas também não recebeu apoio. Os jornais da época começaram uma campanha contra o plano de imunização, e a população apoiou. O próprio congresso tentou derrubar a obrigatoriedade da vacina, e foi organizada uma rebelião popular. O Governo conseguiu conter o levante, mas suspendeu a exigência da vacinação. A essa altura, no entanto, a doença já estava erradicada.
Por sua relevância na área da saúde pública, Oswaldo Cruz recebeu reconhecimento internacional no ano de 1907. O médico ganhou a medalha de ouro no 14º Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, na Alemanha. Em 1900, fundou o Instituto Soroterápico Federal, que, em 1908, foi rebatizado em sua homenagem, tornando-se o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).