Cigarro eletrônico pode ser tão prejudicial à saúde quanto o convencional
Segundo a Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), o consumo de cigarro eletrônico no Brasil cresceu cerca de 600% nos últimos seis anos. Dentre as principais causas do aumento massivo na popularidade do dispositivo, estão a diversidade nos sabores e a praticidade no uso. Porém, o cigarro eletrônico é derivado do tabaco, assim como o convencional, e seu uso traz diversas consequências perigosas para a saúde dos usuários.
Riscos à saúde são extensos
O cigarro eletrônico causa inalação de monóxido de carbono, alcatrão e tantas outras substâncias prejudiciais ao organismo. Além disso, pode conter nicotina, uma droga que causa vício e morte, dependendo do fabricante. Os danos causados pelo consumo do cigarro eletrônico incluem envelhecimento precoce, falta de ar e cansaço excessivo. Em casos mais sérios, há o risco do surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como hipertensão arterial, infarto e morte súbita.
Além disso, a Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrônico, também conhecida como EVALI, é uma síndrome que tem causado preocupação na Medicina nos últimos anos. A condição é caracterizada por uma série de sintomas respiratórios agudos, incluindo tosse, falta de ar e dor no peito, além de febre, vômitos, diarréia, calafrios e perda de peso. Entre 2019 e 2020, foram registrados nos Estados Unidos, quase 13 mil internações e 68 mortes por EVALI.
Tratamento do vício
A busca por auxílio médico e/ou grupos de apoio é essencial para o tratamento contra o vício em cigarro eletrônico. O acompanhamento profissional busca avaliar o grau de dependência em relação ao cigarro e traçar um plano terapêutico individual, de modo cognitivo-comportamental e medicamentoso, se necessário. Além disso, praticar exercícios físicos regularmente e evitar ambientes onde outras pessoas fumam pode auxiliar no processo.