Aspectos socioeconômicos são foco da Saúde Coletiva

Saúde Coletiva é um campo de estudos, e também uma prática, presente no curso de Medicina e em outros da área da Saúde. Ela coloca em prática o próprio conceito do termo, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que consiste em um bem-estar físico e mental, mas também social. Por isso, a saúde coletiva leva em consideração aspectos socioeconômicos que possam afetar o bem-estar de uma comunidade, como acesso a saneamento básico e a alimentos e água não contaminados, além de questões culturais, ambientais, demográficas e epidemiológicas.

A atuação do profissional de saúde coletiva vai além das especialidades médicas, e, por isso, também conta com profissionais das áreas de Nutrição, Fisioterapia, Enfermagem, etc. Um dos seus pilares é a organização de políticas públicas, como tratamento de esgoto, coleta de lixo e campanhas de vacinação, sendo que essa visão mais ampla se percebe em casos em que o profissional volta sua atenção para problemas coletivos, e não apenas individuais. Por exemplo, um paciente pode procurar um médico gastroenterologista devido a uma infecção intestinal. A doença será tratada, mas uma simples consulta não vai resolver o problema do saneamento básico, causador da infecção.

Aspectos econômicos

Aspectos econômicos de uma população também geram efeitos na saúde, e o profissional da área de saúde coletiva precisa entender esses processos para tentar contorná-los. Uma população que tem um maior poder aquisitivo consegue adquirir alimentos mais diversificados e que componham uma dieta equilibrada, além de terem mais acesso a água encanada e tratamento de esgoto, o que impede a proliferação de doenças. Já famílias de renda mais baixa acabam tendo que se alimentar do que conseguem comprar, deixando de consumir diversos nutrientes. O clima também pode afetar essa situação, uma vez que influencia na produção de alimentos, os quais podem ficar mais caros ou mais difíceis de encontrar.

Epidemias, endemias e pandemias também são preocupações da saúde coletiva. É comum que agentes de saúde passem de casa em casa para conscientizar a população acerca de focos de criação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, além de eliminar os criadouros, por exemplo. Até mesmo campanhas de vacinação e, durante a pandemia de Covid-19, de esclarecimentos sobre o uso de máscara e álcool em gel também fazem parte das ações de profissionais que atuam nessa área, visto que essas medidas influenciam a saúde como um todo. A imunização e a prevenção, contra qualquer doença, não são atitudes apenas individuais, mas também comunitárias, pois impedem a proliferação e a mutação dos agentes causadores das patologias.

Atuação profissional

Apesar de existir, o curso de Saúde Coletiva é muito recente e não é ofertado por muitas instituições. Mesmo assim, é comum que a matriz curricular de cursos de saúde, incluindo Medicina, contemplem esse campo de atuação. Ainda assim, existem cursos de pós-graduação e especializações na área. O profissional de Saúde Coletiva pode trabalhar em hospitais, clínicas e postos de saúde, tanto privados quanto do Sistema Único de Saúde (SUS); companhias de saneamento básico; empresas de tratamento de resíduos sólidos; órgãos públicos, como secretarias de saúde; e também em centros de pesquisa.

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