Agosto Verde-Claro chama atenção para o perigo dos linfomas

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 15 mil novos casos de linfoma serão registrados no Brasil entre 2023 e 2025. O instituto também afirma que cerca de 4 mil pessoas morrem no país em decorrência dessa doença. Por isso, o mês de agosto é marcado pela campanha Agosto Verde-Claro, que busca a conscientização acerca desse tipo de tumor.

O linfoma é um câncer que ataca o sistema linfático, o qual é responsável pelo controle de fluidos no corpo humano e também pela imunidade. Ele faz parte do sistema circulatório, pois filtra o excesso de líquido nos tecidos (linfa) resultante da nutrição do sangue; e também do sistema imunológico, pois filtra a linfa e identifica possíveis infecções. Por esse motivo, os linfomas merecem bastante atenção.

Causas

O tumor no sistema linfático começa quando alguma das células que o compõem sofre uma mutação, e passa a se multiplicar e se espalhar pelo corpo de maneira desordenada. Dentre os fatores de risco que podem levar a essa condição está a presença de infecções crônicas, como HIV e HTLV. Outros linfomas podem ser causados por problemas ambientais, como a exposição a produtos químicos, ou podem até mesmo estar relacionados a um histórico familiar. Existem diversos tipos da doença, que podem acometer pessoas de várias idades, mas a incidência mais comum é em idosos.

Sintomas

O primeiro sinal do linfoma são as ínguas, que se tratam de linfonodos (órgãos do sistema linfático) aumentados, principalmente no pescoço, na virilha e nas axilas. Normalmente, elas aparecem quando há alguma infecção pelo corpo, o que causa o aumento da quantidade de glóbulos brancos (células de defesa). Nesse caso, porém, as ínguas são dolorosas. Já no caso dos linfomas, as ínguas ficam visíveis mesmo sem infecção e são indolores. Outros sintomas do tumor são febre, perda de peso, suor excessivo (especialmente à noite), fraqueza e aumento do volume do abdômen.

Diagnóstico e tratamento

Quando existe a suspeita de um linfoma, os gânglios devem passar por uma biópsia para a realização do diagnóstico. O exame deve ser feito em um centro de referência, pois existem muitos tipos de linfoma, e é fundamental identificar com precisão. Com o diagnóstico, deve ser feita a análise do grau de disseminação do tumor pelo corpo. A depender do tipo, também podem ser solicitados exames de imagem. O tratamento costuma ser feito com quimioterapia, podendo ser complementada com radioterapia. Linfomas têm grandes chances de cura se forem diagnosticados precocemente.