A história da profissão médica

A Medicina é uma das profissões mais antigas, sendo datada de milhares de anos atrás, ainda na Grécia e no Egito Antigos, principalmente. Os Papiros de Smith e de Ebers, encontrados no Egito, são considerados os mais antigos tratados de medicina do mundo. Acredita-se que os dois tenham sido escritos por volta dos anos 1500 e 1600 a.C. e, apesar de invocarem rituais místicos, já tinham alguma semelhança com a ciência. Neles, é possível encontrar descrições de 700 drogas e dezenas de casos médicos organizados sistematicamente.

Já os gregos costumavam cultuar deuses relacionados à saúde, como Apolo (que era tido como deus das pragas e da cura) e seu filho Asclépio, também chamado de Esculápio pelos romanos, e que era deus da medicina. Foi também na antiga Grécia, no ano de 460 a.C.,  que nasceu Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental.

Do místico para o científico

Mesmo após tantos anos, essas figuras gregas ainda simbolizam a Medicina. O caduceu de Asclépio com uma cobra enrolada ainda hoje é o símbolo da profissão e o juramento feito até os dias atuais por formandos de Medicina é chamado de “juramento de Hipócrates”. Acredita-se que o texto, que sofreu algumas alterações ao longo dos séculos, tenha sido escrito pelo próprio Hipócrates ou por um de seus alunos.

Mesmo que a versão original do juramento cite os nomes de divindades gregas, a atuação de Hipócrates marca o fim da prática medicinal como algo místico, passando a ser baseada em observações clínicas. O médico grego foi um dos primeiros a investigar as causas de doenças, deixando os deuses de lado. De acordo com ele, por exemplo, as enfermidades surgiam do desequilíbrio do que ele chamava de “humores”: o sangue, a fleuma (estado de espírito), a bílis (amarela) e a atrabile (bílis negra).

Idade Média

Já na Idade Média, a medicina avançou mais no ramo das plantas medicinais, para o tratamento de doenças. Mesmo com a influência dos tratados da antiguidade, a influência da Igreja Católica acabava por dificultar o avanço da ciência nesse quesito. A Igreja propagava a ideia de que as enfermidades eram castigos divinos e, por isso, havia a dificuldade de estudos sobre causa de tratamentos de doenças. Além disso, os corpos dos mortos eram tidos como sagrados, impedindo os estudos de anatomia.

Idade Moderna

Na Idade Moderna, com o Renascimento (movimento cultural que prezava pela recuperação da antiguidade) e com o Iluminismo (escola filosófica que estimulava o estudo e o conhecimento científico, em oposição à Igreja), a Medicina pôde avançar mais. Até mesmo artistas, como Leonardo da Vinci, passaram a estudar corpos humanos, visto que os conhecimentos de anatomia também servem para as artes. Nessa mesma época, houve o surgimento da eletricidade, que contribuiu para o desenvolvimento de técnicas e experimentos médicos.

Idade Contemporânea

Atualmente, nos tempos contemporâneos, a medicina vem avançando em diversos pontos, como na maneira em que são feitos diagnósticos de doenças, através de exames laboratoriais e de imagem. Os estudos sobre agentes causadores de doenças, como vírus e bactérias, também auxiliam nesse quesito. Até mesmo os próprios tratamentos e métodos de prevenção de enfermidades evoluíram com o tempo, além dos avanços tecnológicos.

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